"Sergio, perché hai cambiato un paese come il Brasile per venire a vivere qui in questa piccola città italiana ???", me perguntam, incrédulos, a maioria dos amigos italianos que fiz por aqui.
"Sergio, porquê você trocou um país como o Brasil para vir morar aqui nessa pequena cidadezinha italiana???"
A incredulidade deles se justifica pois, quase todos, conhecem apenas a "fantástica tríade tupiniquim": praia, samba e futebol!
Como que alguém que mora num país como o Brasil (que eles imaginam ser) vem morar numa ciade de 18 mil habitantes, encravada num vale entre montanhas da Toscana?
Abaixo conto não "o porquê", mas o "o quê?" me trouxe para cá e o que isso tem a ver com os Estados Unidos. O "por quê?" seria uma continuação da nossa história e contarei na próxima.
Fui micro empresário no Brasil durante 15 anos, atuando no ramo de alimentos e bebidas. Nossa família foi proprietária e operou dois charmosos e aconchegantes restaurantes, tendo, um deles, uma pequena fabricação de cerveja artesanal iniciada em 2011.
Impulsionado pela vontade grande em continuar produzindo cervejas, achei que fosse melhor dedicar toda a minha energia num ambiente economicamente mais favorável para um pequeno empresário como eu. Qual foi a idéia? Mudar para os Estados Unidos da América. A terra da oportunidade e Meca da cerveja artesanal no mundo.
Sendo brasileiro, a legislação americana me permitia realizar o sonho da residência permanente e de trabalhar em meu próprio negócio por lá, aplicando para um visto chamado EB-5. Bastando para tal, entre outros requisitos burocráticos, que o meu investimento fosse da bagatela igual ou superior a USD $500.000,00.
Infelizmente, quinhentos mil dólares estava muito além da minha vontade de fazer cerveja nos EUA...
Logo, me informei melhor e descobri o tal do visto E-2 (ou de investidor por tratado), que é concedido aos cidadãos estrangeiros dispostos a entrar nos Estados Unidos para investir em um negócio próprio ou empresa. Atualmente o Brasil não faz parte da lista de países que mantém um Tratado de Comércio e Navegação com os EUA, entretanto, vários países europeus estão no acordo (dentre eles, adivinha qual???), o que possibilita que brasileiros com dupla cidadania possam dar entrada ao processo para obter o Visto E-2.
Não existe uma quantidade específica de capital, pois depende muito do tipo de negócio. Muitos empreendedores entram com uma quantidade inicial em torno de USD $100.000. Entretanto, uma quantidade menor pode ser qualificada.
Sim. A Itália faz parte do tratado com os Estados Unidos!
Logo, se eu obtivesse o reconhecimento da minha cidadania italiana, poderia usufruir das vantagens desse tratado, economizando uma quantia considerável de investimento (de 500 mil para 100 mil USDólares, ou menos) na minha tão sonhada produção de cervejas nos EUA!
Então, o que me trouxe para a Itália foi o benefício existente que a dupla cidadania me daria para realizar meu objetivo de viver e trabalhar nos EUA.
Hoje, enquanto acessores do seu direito ao reconhecimento da cidadania italiana, atendemos brasileiros que já estão em busca desse mesmo objetivo que eu tive inicialmente. O valor e tempo investido na sua dupla cidadania representa uma economia considerável se o seu sonho é morar e trabalhar nos EUA. Basta fazer uma rápida conta. Investindo pouco mais do valor de 1% dos 500 mil necessários ao visto EB-5 para brasileiros, você faz uma economia de mais de 400 mil dólares ao se tornar cidadão italiano/europeu, apto para aplicar ao visto E-2.
Caso o seu objetivo seja morar nos EUA, agora você já tem o motivo para tirar sua cidadania italiana.